O Banco Mundial publicou suas novas Perspectivas Econômicas Globais, nas quais o órgão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina crescerá 1,3% em 2023, abaixo da última projeção feita pela organização em outubro do ano passado, quando estimava um crescimento de 1,6%. No âmbito internacional, desaceleração mais expressiva da economia mundial e liquidez reduzida, o que reflete tanto os esforços das autoridades monetárias para controlar a inflação quanto os efeitos colaterais de uma perspectiva global pouco auspiciosa. Na China, os estímulos devem fornecer impulso apenas comedido. A eliminação das restrições impostas pela covid deve permitir melhor performance em 2023 (projeção 4,7%), porém limitada pelo elevado endividamento, crise no setor imobiliário e metas ambientais. Apesar do recuo das pressões inflacionárias na margem, a guerra na Ucrânia segue como fonte de risco e o aperto monetário em curso nas principais regiões deve pesar sobre economia mundial em 2023. No Brasil, crescimento já mostra desaceleração ao final de 2022 e movimento deve se aprofundar para 2023, com efeitos de PIB mundial, impacto da alta de juros e nível elevado de incertezas. Populismo fiscal no pós-eleições permanece um risco importante para a situação doméstica nos próximos meses. Investimentos deparam-se com juros e incertezas maiores no curto prazo, mas reformas micro e agenda de concessões favorecem a médio prazo. As informações acima foram apresentadas no evento WTC - Perspectivas econômicas para 2023. |