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Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano, e pela primeira vez, a previsão superou a barreira dos 7%. Ao mesmo tempo, o mercado projetou uma alta menor do PIB e juros mais altos. Já para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 6,88% para 7,05%.
As previsões do mercado constam no relatório "Focus", divulgado nesta semana pelo Banco Central (BC).
Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES E DINÂMICA DOS CANAIS DE COMPRA COM O REPASSE DE PREÇOS
O varejo alimentar foi uma das categorias com maior crescimento, mas, os efeitos econômicos da pandemia, levaram a uma polarização de grupos de consumidores: Uptrading (maior renda disponível e importância em cozinhar o próprio alimento) e Downtrading (consumidores afetados por reduções de salários e demissões.
De acordo com pesquisa divulgada pela Nielsen QI, o repasse afeta principalmente produtos básicos. Entre os brasileiros, 87% acreditam que o preço dos alimentos está aumentando, deste número, 73% declararam que em decorrência da alta, compram somente o essencial, reduzindo luxos.
Em relação aos canais de compras, os supermercados atingiram um crescimento de 79%, seguido do autosserviço (74%) e cash & carry (atacarejo) 69%, via repasse de preços. O efeito atinge todas as cestas, no ranking com maior repasse de valor médio estão: 1º commodities; 2º Perecíveis; 3º frescos; 4ª bebidas e 5º mercearia.
Para atender a demanda, as empresas estão investindo em estratégias de comunicação e promoções assertivas a fim de gerar um maior tráfego na loja e conversão de compra.
Segundo a Ebit|Nielsen para 2021 a expectativa é de que as vendas do e-commerce no Brasil cresçam cerca de 26%, atingindo um faturamento de R$ 110 bilhões, mantendo a força do setor e indicando uma consolidação das lojas e dos marketplaces. As categorias que devem se destacar nas vendas online são: 1º alimentos e bebidas; 2º arte e antiguidade; 3º bebês e cia; 4º casa e decoração e 5º construção.