Buscas por Burnout no Google aumenta; Brasil já é o segundo país com mais casos no mundo

O Burnout passou a ser considerado doença ocupacional pela OMS; veja quais são os sintomas e como evitar.

Buscas por Burnout no Google aumenta; Brasil já é o segundo país com mais casos no mundo

Um estudo da International Stress Management Association (Isma) revelou que o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em diagnósticos de burnout, ficando atrás apenas do Japão, onde 70% da população é afetada.

Nos últimos anos, as doenças mentais relacionadas ao trabalho têm se tornado um desafio crescente tanto para a saúde pública quanto para a gestão de recursos humanos.

Para se ter ideia, as buscas online pelo termo “burnout” aumentaram 83,08% em 2024, alcançando 368 mil pesquisas apenas em abril, comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Esse crescimento destaca o aumento da conscientização e do interesse em transtornos como ansiedade e estresse relacionados ao ambiente de trabalho.

O termo “burnout sintomas” também teve um salto significativo, de 40.500 buscas em abril de 2023 para 74.000 no último mês.

Burnout como doença ocupacional

De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome de burnout é um distúrbio emocional caracterizado por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho excessivamente exigentes.

Desde 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece essa síndrome como uma doença ocupacional, frequentemente desencadeada pelo excesso de atividades e responsabilidades.

“O desenvolvimento da síndrome de burnout é frequentemente marcado por uma fadiga crônica, dores constantes e um sentimento de insuficiência e incompetência”, explica a psicóloga Veruska Galvão.

Ela ressalta a importância de um diagnóstico preciso, que deve ser feito por um médico do trabalho, levando em consideração todos os sintomas relatados pelo paciente.

Veruska destaca a necessidade de entender que os trabalhadores não são máquinas e que pausas e descanso são essenciais para evitar o adoecimento.

“A falta de pausas, alimentação inadequada e o uso de medicamentos para regular o sono são comportamentos comuns entre aqueles que desenvolvem burnout”, alerta a psicóloga.

A construção de ambientes de trabalho saudáveis também é fundamental. “As empresas precisam investir na capacitação das lideranças para criar um ambiente onde os erros possam ser discutidos abertamente e onde os problemas possam ser abordados sem medo”, ressalta Veruska.

A crescente incidência de burnout no Brasil reflete a necessidade urgente de mudanças nas práticas de trabalho e na gestão de recursos humanos, para proteger a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores.

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